F.A.Q
O Iseum dos Limites da Lua tem espaço físico?
O I.L.L. de momento tem apenas este espaço online e o espaço doméstico da Sacerdos. Quanto mais apoio, mais as hipóteses de um dia virmos a ter um espaço físico, que requer muita organização e fundos. No entanto, rituais podem acontecer em conjunto em público, fora do espaço doméstico.
Porquê a palavra “Sacerdos” e a linguagem neutra no website?
Nos nossos pilares incluímos a luta LGBTQ+. A Sacerdos deste espaço espiritual é lésbica e não-binária, e o Divino e Liminal é visto sob uma lente queer. Visamos promover a inclusão no paganismo, para não mais pessoas queer, trans, racializadas ou incapacitadas se sentirem excluidas deste caminho religioso. A palavra “Sacerdos” vem do latim, em que pode descrever tanto homens como mulheres em funções sacerdotais dependendo do seu contexto, não tendo conotação de género por si só. Se isso é algo que te incomoda, é recomendada introspeção e desconstrução desse incomodo antes de tentares interagir com este espaço.
O que é um Iseum?
Iseum, como o nome indica, vem de Isis. É um “Lar da Deusa” criado sob a asa da Deusa Isis da F.O.I. – este nome representa não só uma linhagem especifica, como um caminho e método de aprendizagem próprios a esta organização – mas, para simplificar, acaba por ser algo entre um Templo e um Coven. Cada Iseum tem magia e divindades específicas, criadas por Sacerdotes/Sacerdotisas/Sacerdos que se especializam nelas, e têm os seus próprios membros também registados na F.O.I.. Um Iseum surge com funções específicas e inspiradas pelas suas Divindades, podendo ir de funções oraculares, cura, estudo, ensino, e muito mais. As do I.L.L. são de criatividade e inclusão.
Tenho de venerar Nabia e Ataegina para ser aconselhade ou iniciade pelo I.L.L.?
Não! Nem sequer tens de venerar o panteão ibérico. Aliás, nem sequer tens de venerar um panteão no seu sentido pagão mais tradicional – até podes venerar santos, orixás, goetia, ou algo mais geral como o Universo. Somos flexíveis com a nossa definição de paganismo, e adoramos conhecer as formas criativas como as pessoas moldam as religiões que conhecemos à sua existência pessoal. Nabia e Ataegina são protetoras do Iseum e inspiram a sua função, mas não é obrigatório seres devote. Tens apenas de concordar com os Pilares do Iseum e agir de acordo com eles.
O que implica ser Sacerdos?
Sacerdos têm funções gerais e funções específicas. Nas funções gerais, temos aquilo que normalmente esperamos de uma figura religiosa – guiar, ensinar, casamentos, funerais, etc. Pode ainda iniciar outros Sacerdos se assim decidir. As funções específicas são inspiradas pelos Deuses a que é devote – Sacerdos Rosa, por exemplo, tem como função criar histórias e imagens dos Deuses e promover a inclusão e justiça.
Podes iniciar/treinar-me?
Por enquanto não. Ainda é muito cedo. Recomendo que perguntes à iniciadora da Sacerdos, Alexia Moon, se estiveres com muita ânsia de começar, mas fica o aviso já que existe um grande período de espera em geral.
Como funciona uma iniciação?
Dentro da F.O.I. e seguindo o padrão da minha própria iniciadora, um treino sacerdotal é completamente privado e leva min. 1 e max. 4 anos. Durante o mesmo, é trabalhada a conexão ao Divino e futuras funções sacerdotais, com um currículo de ensino único a cada Sacerdos, que inclui também as liturgias da F.O.I. e ritual de iniciação final, todas disponíveis para consulta no seu website.
Podes ensinar-me a ser pagão?
Uma religião não é algo que se ensina, propriamente. Posso guiar-te nas decisões a tomar acerca do teu caminho, mas a tua fé, ninguém decide por ti. O que encontras neste Iseum é fruto de anos de auto-descoberta, pesquisa e gnose pessoal – e muita tentativa e erro. O belo do paganismo é que não existe uma única forma correta de fazer as coisas, não temos um grande livro de regras sobre ser um “bom pagão”. Se gostares do caminho presente no Iseum, experimenta conectar-te com a tua fé desta forma. Se não funcionar, também não faz mal. Há sempre um caminho para ti.
O que é o Divino Queer?
O Divino Queer é tanto uma extensão como uma crítica ao Divino Feminino – daí conseguir existir dentro da F.O.I., dedicada ao Sagrado Feminino. Tal como o movimento queer começa aliado ao movimento feminista, através do reconhecimento que pessoas queer sofrem a mesma opressão do patriarcado e muitas delas são também mulheres, assim é o Divino Queer. O movimento do Divino Feminino surge, na sua base, como forma de contestar as ideias que colocavam uma energia masculina ao topo do conceito de Divino – uma foram de dizer “Mulheres também são Divinas”. O Divino Queer, é, por extensão, uma forma de contestar a ideia que o Divino é sempre heterossexual e cisgénero, que existe sempre uma relação masculino/feminino. Apesar de ser aliado à ideia de reconhecer o Divino na Mulher, é, ao mesmo tempo, crítica do mesmo. Infelizmente, como acontece com muitas práticas e ideologias, a do Sagrado Feminino já foi muitas vezes instrumentalizada para tentar limitar o que deve ser uma mulher (tal como crenças patriarcais tentam fazer) e excluir pessoas queer no seu processo – como mulheres lésbicas e mulheres trans. Afirmando que o Divino é Queer, estamos a reconhecer o Divino em todos nós, de forma interseccional. Veneramos o Natural. O Divino é Natural, e todas as nossas existências também o são.
Quem faz a arte do Iseum?
Toda a arte que encontras no Iseum é arte devocional feita por Mora Sininho Rosa. Como não existem tantas imagens dos Deuses e Fadas ibéricas, o seu trabalho sacerdotal é criar as mesmas para poderem ser partilhadas como fonte de inspiração. Nós somos pessoas visuais, e ter imagens do Divino ajuda á conexão com o mesmo. Todas as imagens que encontrares neste espaço são de uso livre para fins pessoais e de partilha comunitária, mas não para fins comerciais – e u sacerdos agradece sempre mencionar a sua autoria quando possível.
Se tens alguma dúvida que não está aqui, envia email para iseumdoslimitesdalua@gmail.com ou contacta as redes sociais du Sacerdos @rosasininho