A Morte de Ataegina | Equinócio de Outono | O ano do Iseum começa com o honrar de Ataegina e o início da sua jornada ao Submundo, com a sua morte. Nesta data, vestimos castanho como as folhas que começam a morrer para se juntar à sua Senhora, e temos um momento de dedicação de arte em sua honra – são feitas as Três Ataeginas, estatuetas anuais para representar a três fases da Deusa – Donzela, Morta e Rainha. São colocadas no altar ou no espaço central da casa para ajudar a Senhora no seu caminho. Velas devem ser acesas para iluminar o seu caminho. |
A Noite Liminal | 31 de Outubro | Nesta noite o véu é mais fino, e os seres mágicos estão mais ativos do que nunca – e muito provavelmente, com más intenções. Vestimos roxo e velamos para nos proteger. No entanto, no Iseum vigiamos os Limites, e é nossa função comunicar com estes Seres e identificá-los, direcionando-os para acompanhar Ataegina na sua descida se forem Almas Penadas. Amoras são deixadas à porta para distrair seres feéricos mal-intencionados. Invocamos Nabia e a sua filha Erbina, Senhoras dos Limites, levarem de volta para o Outro Mundo quem não pertence – podendo pedir à Rainha dos Deuses, Senhora dos Ancestrais, que nos deixe ver alguém que já tenha partido e comunicar com essa pessoa neste dia. |
Tomada do Trono | Solstício de Inverno | Neste dia de celebração, Ataegina resiste à morte e transiciona para o seu papel de Rainha, tomando o seu devido Trono no Outro Mundo. Neste dia, decoramos uma poltrona, cadeira ou almofada especialmente para a Senhora, e mantemo-la vazia até o calor e a vida voltarem ao nosso mundo. Vestimos vermelho, como o sangue e a confiança. Partilhamos uma refeição com os que amamos, com os Seres do Lar, e com as Senhoras – preferencialmente um prato com cabra. Rezamos à Rainha do Submundo por um Inverno bondoso para nós e todos os que amamos. |
Dança dos Duendes | Carnaval | Esta celebração é feita nos últimos três dias de Fevereiro. Do dia 26 a 28 (ou 27 a 29 em ano bissexto), os espíritos traquinas como Duendes, Maruxinhos, Trasgos, Fradinhos, Diabretes e Janas estão em festa, e a sua atividade favorita é brincar com a nossa disposição. Podemos mascarar-nos, e vestir roupa que nos divirta. Devemos brincar em conjuntos com eles, tocar sinos, dançar, juntar amigues para jogos, fazer piadas – tudo na boa vontade e sem incomodar, para assim mostrarmos a estes seres os limites da brincadeira e não sermos alvos de partidas de mau-gosto. |
Retorno da Vista | Equinócio de Primavera | Celebramos a subida de Ataegina e todas as transições na nossa vida – vemos na luta que Ataegina sobreviveu e na sua felicidade primaveril a esperança das novas fases do Eu. Vestimos cor de rosa, azul bebé ou branco, cores cheias de vida e mudança. Saímos à rua e apreciamos o tempo que ela traz com ela, e juntamo-nos para contar histórias de união, auto-descoberta, transição e alegria. Reconhecemos o simbolismo da primavera como a felicidade depois do medo. Preparamos comes e bebes com as primeiras plantas da estação para partilhar, e fazemos arte dedicada às Senhoras – ambas alegres pelo retorno da vida. Se chover, é dia abençoado, e a água pode ser recolhida para purificação. Fazemos uma figura de cabra para oferecer à Senhora e a receber quando chegar a este mundo. |
Nabialia | 9 de Abril | Este é o dia sagrado de Nabia. Neste dia, os antigos sacrificaram uma vaca em seu nome, bicho cujos chifres se assemelham à lua. Em seu respeito, não comemos a carne ou produtos derivados desse ser – ou fazemos um sacrifício de semelhante importância se esse não for ato dificil. Fazemos uma figura de vaca para oferecer à senhora, em conjunto com um pássaro que deve ser colocado à porta de casa para proteção. Àgua de uma fonte próxima (pode ser uma nascente, fonte física, rio, lago, ou mar) é oferecida e mantida no altar até secar. Se a Senhora assim quiser, um mergulho purificador decorre na praia, rio ou lago mais próximo e seguro. Honramos também as suas filhas liminais e comunicamos com elas, ouvindo os seus males e necessidades. |
Maios | 1 de Maio | Flores são apanhadas pela madrugada, preferencialmente amarelas – Giestas – e colocadas na entrada da casa formando um corredor. Outras flores decoram o espaço. Vestimos amarelo e grinaldas. O corredor guia As Senhoras e os Seres Mágicos para abençoarem o nosso espaço, e tocamos o sino para as invocar. Incenso enche o espaço e celebra-se com música e vinho oferecidos aos Convidados. |
Festas da União | Junho | Durante o mês inteiro celebramos a união e o orgulho. Celebramos com festas, sejam estas mais animadas ou apenas encontros calmos, apreciamos a felicidade e existência plena de cada um à nossa volta. Vestimos vermelho, pelas lutas passadas e pela confiança que tivemos de obter num mundo que não a dá. Há um foco na felicidade e união queer. É o momento ideal para rituais de auto-descoberta e partilha de experiências. Poderá terminar com um encontro à volta de uma fogueira, contando histórias e lembrando o passado, que levamos sempre connosco – mas, ao mesmo tempo, do qual nos limpamos para abrir espaço para o futuro. |
Mistérios Velados | 1 de Agosto | Neste dia, limpamo-nos de tudo o que trazemos do ano que passou, e abrimos a nossa mente aos mistérios que as Senhoras e os Seres Mágicos têm para nós. Juntamo-nos numa praia, com roupas e véus leves, decorados de conchas. Sentamo-nos nos limites, entre a terra e a água, e refletimos. Trazemos arte para oferecer, e deixamo-nos ficar até ao por do sol. Se as condições forem ideais, terminamos com um mergulho nas ondas para nos limpar e trazer um último mistério.
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